(Parodiando Drummond)
E agora José?
Cadê teu sorriso?
Cadê Vitorino?
Cadê o teu jeito
De grande menino
Querendo brincar?
E agora José?
Cadê teu avô
Que não vem te buscar?
Cadê tuas tias
Do velho Pilar?
E agora José?
Sem Zefa Cajá,
Sem a velha Totônha
A noite é medonha;
Quem irá te alegrar?
O tempo passou,
O menino cresceu,
E ninguém percebeu
Que o mundo é engano
E que o passado ficou
Em completo abandono!
E agora José?
Cadê Papa-Rabo?
Cadê o moleque,
O menino Ricardo,
Que foi pra Recife
Pra nunca mais voltar!
E agora José?
Cadê teu engenho?
Cadê teu avô?
Teu palco de amor,
Cadê, onde está?
Quem destruiu
O Engenho Corredor?
“E agora José,
José, para onde?”
A noite está alta
E sentimos tão forte
A tua falta.
E agora José,
Por onde te escondes?
Num ciclo de livros
Que gosto de ler
Sinto-me feliz;
Pois lá encontramos
Mais vivo que nunca
O nosso ZÉ LINS!
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ANTONIO COSTTA
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