Frutuoso Chaves é um jornalista profissional que carrega Pilar em seu coração. Foi Chefe de Reportagem do
Jornal "A União", Redator do "Correio da Paraíba", Repórter
de "O Globo" do Rio de Janeiro e do "Jornal do Comercio" do
Recife, Editor do Jornal "O Norte" e Diretor de Redação da Revista
"A Carta". Atualmente, escreve, também, os editoriais do "Jornal
da Paraíba".
Segundo o jornalista paraibano Tião Lucena, “o velho Frutuoso
Chaves [é] mestre de uma geração inteira de jornalistas paraibanos, que tem
talento de sobra, para dar, vender e emprestar e que ainda assim não gosta de
aparecer. Frutuoso, meu primeiro chefe de reportagem, o que me ensinou o que
era um lead, um intertítulo, um monte de coisas que se faz em jornal, não
desgruda do batente. Encontrei-o hoje, pelo telefone, a mesma fala de sempre, o
mesmo jeito desengonçado lá do Pilar de suas infâncias e a mesma autenticidade
dos idos e vividos anos de 75 em diante. Matei saudades, velho Frutu, velho
mestre, grande amigo.”
Assim Frutuoso Chaves se auto-definiu:
“Sou um operário da notícia sem muitos méritos e
com dificuldade, agora mesmo, de conseguir a foto que você me pede para ilustrar,
vamos dizer assim, essa entrevista. Acho que optei pelo jornalismo aos onze
anos de idade, ainda sem muita consciência disso. Tinha saído de Pilar a fim de
estudar no Recife. Os tios, com os quais vivia, costumavam comprar a revista O
Cruzeiro. Pois bem, folheando um desses exemplares, surpreendi-me com
fotografias de Pilar, algumas em meia página. A saudade de casa apertou e fui
ler o texto. O repórter, de quem não guardei o nome, tratava do mundo de José
Lins do Rego. Reconheci pessoas e paisagens de cuja importância histórica e
cultural somente então eu me dava conta. A descrição daquilo tudo me encantou. “Quando
crescer, vou escrever para jornal”, pensei com os meus botões. Ô boca de praga.”
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