Eu quero aqui nestes versos
Para enfeitar este dia
Falar-lhes dum Cavalcanti
Poeta com maestria
Que nasceu no meu Pilar
Pra todo o mundo encantar
No Reino da Poesia!
Em sua "Ausência do Tempo",
No modo de versejar,
Bem soube talhar na pedra
Poemas para durar;
Por isso que Damião
Do litoral ao sertão
O povo quer abraçar!
E o que dizer da terrinha
Que inda fabrica farinha,
A tapióca e o beijú;
Do Paraíba de enredo,
Do grande Zé Lins do Rego!
E do poeta Xudú.
A Paraíba lhe aplaude
E a Europa também,
Os versos de Damião
Vão cada vez mais além;
Pois o poeta não erra
Quando canta a sua terra
O mundo todo quer bem!
A pequenina Pilar,
(vou imitar a Catulo)
"Ispichou-se", deu um pulo!
E começou a cantar;
E o mundo que não sabia
Agora tem poesia
Tirada do seu pomar!
A poesia é concreta
Deste esplêndido poeta
O DAMIÃO CAVALCANTI...
Que no poema e na prosa
Deixa Pilar orgulhosa,
Pelo seu filho brilhante!
(ANTONIO COSTTA)
CONHEÇA A OBRA DE RISO MARIA, GRANDE POETISA, ATRIZ E PROFESSORA DE TEATRO, QUE MORA EM SÃO PAULO HÁ VÁRIOS ANOS, MAS É PILARENSE.
ACESSE:
http://risomariadersu.
CIDADE MÃE
Se vocês não sabem
Agora eu vou contar
Que Pilar já foi grande
Pois até Campina Grande
Já pertenceu a Pilar!
As suas terras se estendiam
No período colonial
De Cruz do Espírito Santo
Às divisas de Pombal!
Mas os anos foram passando
De Cruz do Espírito Santo
Às divisas de Pombal!
Mas os anos foram passando
E seus filhos foram crescendo
E novas cidades foram
No seu solo aparecendo!
Pois Itabaiana e Gurinhém,
Caldas Brandão (o Cajá)
E Cruz do Espirito Santo,
Todos pertenceram a Pilar!
Sem falar em Juripiranga,
A Serrinha popular,
E São Miguel de Taipú,
Terra do Itapuá.
E por ultimo São José dos Ramos
Também quis se libertar,
E Pilar foi se tornando
Somente a nossa Pilar!
Pilar nasceste grande
E teu amor sempre nos põe;
Pilar terra querida,
Pilar CIDADE MÃE!
CHIBATA PRETA
E novas cidades foram
No seu solo aparecendo!
Pois Itabaiana e Gurinhém,
Caldas Brandão (o Cajá)
E Cruz do Espirito Santo,
Todos pertenceram a Pilar!
Sem falar em Juripiranga,
A Serrinha popular,
E São Miguel de Taipú,
Terra do Itapuá.
E por ultimo São José dos Ramos
Também quis se libertar,
E Pilar foi se tornando
Somente a nossa Pilar!
Pilar nasceste grande
E teu amor sempre nos põe;
Pilar terra querida,
Pilar CIDADE MÃE!
CHIBATA PRETA
Quem é que não se lembra
De uma negra, CHIBATA,
Que morava na Estação
E cozinhava em uma lata?
Eu vinha de Chã de Areia,
Por Figueiredo passava,
E chegando na Estação
Chibata Preta encontrava!
Conhecida por Chibata,
Chibata, Chibata Preta;
A pobrezinha, coitada,
Não tinha estudo nem letra!
Era uma pobre indigente
Que morava bem ao léu;
Tinha por cama o chão
E por cobertor, o céu!
Era um amontoado de lixo
Na margem daquela rua;
Era a “casa” da Chibata
Iluminada pela lua...
E por que “Chibata Preta”,
Também queres entender?
Não era porque tinha uma chibata
Para se mesma defender...
Era porque a pobrezinha,
Que cozinhava em uma lata,
Era magra e pretinha
Parecendo uma chibata!...
Era a Chibata Preta
Conhecida no Pilar
E também da região
Que vinha nos visitar.
Era o terror das crianças
Aquela negra Chibata,
Que morava na Estação
E cozinhava em uma lata!...
Mas um dia a pobrezinha
Partiu da nossa cidade;
Pois passava frio e fome,
Tamanha necessidade!
E Pilar ainda se lembra,
De uma negra, CHIBATA,
Que morava na Estação
E cozinhava em uma lata?
Eu vinha de Chã de Areia,
Por Figueiredo passava,
E chegando na Estação
Chibata Preta encontrava!
Conhecida por Chibata,
Chibata, Chibata Preta;
A pobrezinha, coitada,
Não tinha estudo nem letra!
Era uma pobre indigente
Que morava bem ao léu;
Tinha por cama o chão
E por cobertor, o céu!
Era um amontoado de lixo
Na margem daquela rua;
Era a “casa” da Chibata
Iluminada pela lua...
E por que “Chibata Preta”,
Também queres entender?
Não era porque tinha uma chibata
Para se mesma defender...
Era porque a pobrezinha,
Que cozinhava em uma lata,
Era magra e pretinha
Parecendo uma chibata!...
Era a Chibata Preta
Conhecida no Pilar
E também da região
Que vinha nos visitar.
Era o terror das crianças
Aquela negra Chibata,
Que morava na Estação
E cozinhava em uma lata!...
Mas um dia a pobrezinha
Partiu da nossa cidade;
Pois passava frio e fome,
Tamanha necessidade!
E Pilar ainda se lembra,
E alguns sentem saudade
Daquela mulher pretinha...
Que partiu pra eternidade!
Daquela mulher pretinha...
Que partiu pra eternidade!
ANTONIO COSTTA
RELEMBRANDO O POETA MANOEL XUDU
Manoel Xudu Sobrinho foi um homem simples, generoso, eternamente cavalheiro, incapaz de um ato ríspido, mesmo nas horas em que sua tranqüilidade corresse o risco de ser ameaçada. Nem por isso deixou de ser um poeta atormentado, de permeio, entre “o mundo e o nada”, o pranto e o riso. Natural do município de Pilar, na Paraíba, conterrâneo de José Lins do Rego e de João Lourenço, violeiro em plena atividade profissional.
"DIA 13 DE MARÇO TERÇA-FEIRA
ANO MIL NOVECENTOS TRINTA E DOIS
POUCO TEMPO DEPOIS QUE O SOL SE PÔS
MAMÃE DAVA GEMIDOS NA ESTEIRA
NUMA CASA DE BARRO E DE MADEIRA
MUITO HUMILDE COBERTA DE CAPIM
EU NASCI PRA VIVER SOFRENDO ASSIM
MINHA DOR VEM DOS TEMPOS DE MENINO
VIVO TRISTE POR CAUSA DO DESTINO
E A SAUDADE CORRENDO ATRÁS DE MIM."
A obra de Xudu exige um conhecimento maior desse gênio do repente. Cada estrofe é um monumento de Arte, a expressar uma cascata de emoções que despenca em uma alma profundamente humanística”.
MAMÃE QUE ME DAVA PAPA
ME DAVA PÃO E CONSOLO
DAVA CAFÉ DAVA BOLO
LEITE FERVIDO E GARAPA
MAS UMA VEZ DEU-ME UM TAPA
E DEPOIS SE ARREPENDEU
BEIJOU AONDE BATEU
DESMANCHOU A INCHAÇÃO
“QUEM NÃO TEM MÃE TEM RAZÃO
DE CHORAR O QUE PERDEU”.
Xudu era tudo isso , dentro de uma simplicidade tamanha, ele abordava os temas mais profundos, com a maior presteza:
ANO MIL NOVECENTOS TRINTA E DOIS
POUCO TEMPO DEPOIS QUE O SOL SE PÔS
MAMÃE DAVA GEMIDOS NA ESTEIRA
NUMA CASA DE BARRO E DE MADEIRA
MUITO HUMILDE COBERTA DE CAPIM
EU NASCI PRA VIVER SOFRENDO ASSIM
MINHA DOR VEM DOS TEMPOS DE MENINO
VIVO TRISTE POR CAUSA DO DESTINO
E A SAUDADE CORRENDO ATRÁS DE MIM."
MAMÃE QUE ME DAVA PAPA
ME DAVA PÃO E CONSOLO
DAVA CAFÉ DAVA BOLO
LEITE FERVIDO E GARAPA
MAS UMA VEZ DEU-ME UM TAPA
E DEPOIS SE ARREPENDEU
BEIJOU AONDE BATEU
DESMANCHOU A INCHAÇÃO
“QUEM NÃO TEM MÃE TEM RAZÃO
DE CHORAR O QUE PERDEU”.
SOU IGUALMENTE A PIÃO
SAINDO DE UMA PONTEIRA
QUE QUANDO BATE NO CHÃO
CHEGA LEVANTA A POEIRA
COM TANTA VELOCIDADE
QUE MUDA A COR DA MADEIRA.
SAINDO DE UMA PONTEIRA
QUE QUANDO BATE NO CHÃO
CHEGA LEVANTA A POEIRA
COM TANTA VELOCIDADE
QUE MUDA A COR DA MADEIRA.
“O HOMEM QUE BEM PENSAR
NÃO TIRA A VIDA DE UM GRILO
A MATA FICA CALADA
O BOSQUE FICA INTRANQÜILO
A LUA FICA CHOROSA
POR NÃO PODER MAIS OUVI-LO.”
Certa vez Xudu estava cantando e um camarada, meio bêbado, oferecia-lhe cerveja e insistia: "Olha a cerveja, Manoel ! Toma a cerveja!..." Manoel desembuxou e disse:
DEIXE DE SUA IMPRUDÊNCIA
DEIXE EU FINDAR A PELEJA
COMO É QUE EU POSSO CANTAR
TOCAR E TOMAR CERVEJA
CACHORRO É QUE TEM TRÊS GOSTOS
QUE CORRE, LATE E FAREJA.
Manoel Xudú é considerado pelos violeiros e cantadores como o maior repentista do Brasil.
"CANTADOR PRA ENFRENTAR MANOEL XUDÚ
É PRECISO PULAR COMO UMA BOLA
TER A CURVA DO ARCO DA VIOLA
TER O DOCE DO MEL DA URUÇU
TER O SUCO DA POLPA DO CAJU
O AZEITE DO SUMO DA CASTANHA
O TECIDO DA TEIA DA ARANHA
A BELEZA DA PENA DA ARARA
O TACAPE DO ÍNDIO UBIRAJARA
E A DESTREZA DA FERA DA MONTANHA."
(Manoel Xudú)
(http://www.interpoetica.com/folhas_soltas6.htm)
(http://www.interpoetica.com/folhas_soltas6.htm)
DEIXE O SEU COMENTÁRIO
3 comentários:
Muito obrigada Antonio Costta pela homenagem !
MINHA PILAR ADORADA !
estarei em chã de areia em dezembro
vamos nos falando poeta !!!!
beijos para a family
Riso Maria
O PRAZER É TODO MEU, EM PODER DIVULGAR SEU GRANDE TALENTO DE POETIZA!
Prezado Poeta Antonio Costta e pilarenses,
Próximo domingo, dia 30.01.2011, no Jornal Correio da Paraíba, Opinião, haverá a crônica "Mais um poeta pilarense", sobre o vate
Antonio Costtta. Que os filhos dessa terra vibrem com o escrito. Anne Almeida - João Pessoa PB
Postar um comentário