Damião Ramos Cavalcanti nasceu na cidade de Pilar - PB, em 24 de abril de 1949. Passou parte da sua infância em Itabaiana, quando, com seus 11 anos, foi estudar na cidade de João Pessoa, onde reside atualmente. Em 1966, viajou à Itália, onde, em Roma, realizou seus estudos de graduação e pós-graduação em Filosofia; em Paris, posgraduou-se em Sociologia da Educação pela Sorbonne, de 1978 a 1983. Professor da Universidade Federal da Paraíba, desde 1973, onde prestou uma larga folha de serviço como docente e dirigente. Participou da criação da UEPB em Guarabira, da UNIPÊ e da FESP em João Pessoa. Hoje, dedica-se a escrever seus livros, como membro da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB; da Academia Paraibana de Cinema - APC; da Associação Paraibana de Imprensa - API e da Academia Paraibana de Filosofia - APF. É advogado, escritor, poeta, cronista e Presidente da Academia Paraibana de Letras - APL. (Fonte: www.drc.recantodasletras.com.br)
Honra-me muito ter o poeta Damião Ramos Cavalcanti como amigo particular. Sempre prestativo e cordial, atendeu aos convites para participar de eventos culturais em nossa região. Participou da fundação da Academia de Cordel do Vale do Paraíba e tem dado relevante apoio à nossa instituição. Olho para ele e não visualizo, apenas, o mestre Dr. Damião, o professor universitário, o poliglota, o advogado e o teólogo, mas, principalmente, e por mérito dele, meu conterrâneo e amigo poeta.
A sua humildade é tanta que me chega a surpreender. Às vezes meu telefone toca, é ele querendo combinar uma visita à Pilar, ou Itabaiana, às duas cidades que tanto ama, para rever amigos e o ambiente onde passara sua infância. Aproveitando o ensejo também para saborear as comidas típicas da região, que remetem, evidentemente, ao seu tempo de menino neste vale paraibano.
Uma curiosidade é que nascêssemos no mesmo dia e mês: em 24 de abril. Por consciência, ou não, também somos poetas. E creio que comungamos do mesmo amor pela terra que Deus nos deu como berço (Pilar) e pela terra que nos adotou como filhos: Itabaiana.
É sem dúvida alguma uma honra para terra de José Lins do Rego e do poeta José Augusto de Brito, ter Damião como filho e atualmente presidente da Academia Paraibana de Letras, como também da Fundação Casa de José Américo de Almeida.
Desejo todo sucesso do mundo ao meu amigo poeta!
Que Deus continue lhe abençoando e lhe conservando com essa humildade extraordinária.
Que Deus continue lhe abençoando e lhe conservando com essa humildade extraordinária.
Antonio Costta.
(Texto atualizado em 04/12/2016)
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(Texto atualizado em 04/12/2016)
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AS
LAVADEIRAS DE PILAR
No rio do meu Pilar,
Por onde elas passam,
Iguais, iguais às águas,
Lavam roupas na cacimba.
As sujas elas lavam,
As torcidas elas enxáguam,
Batendo as molhadas
Na pedra dos meus pulos.
Espremem entre espumas
Algumas nódoas retintas,
O sabão e suas mãos,
Com dedos em feridas
E um muito sofrido,
De tantos trabalhos idos.
Espiam os banhantes,
Logo atrás dos arbustos,
Na sombra, no meio escuro,
Homens sem roupa,
Que também lavam inteiros,
Todos os seus corpos nus.
A água os faz brilhantes,
Homens, partes, desejos,
Seios, olhares, ensejos
Das lavadeiras amantes.
No rio do meu Pilar,
Por onde elas passam,
Iguais, iguais às águas,
Lavam roupas na cacimba.
As sujas elas lavam,
As torcidas elas enxáguam,
Batendo as molhadas
Na pedra dos meus pulos.
Espremem entre espumas
Algumas nódoas retintas,
O sabão e suas mãos,
Com dedos em feridas
E um muito sofrido,
De tantos trabalhos idos.
Espiam os banhantes,
Logo atrás dos arbustos,
Na sombra, no meio escuro,
Homens sem roupa,
Que também lavam inteiros,
Todos os seus corpos nus.
A água os faz brilhantes,
Homens, partes, desejos,
Seios, olhares, ensejos
Das lavadeiras amantes.
Damião Ramos Cavalcanti
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