A política nas cidades de interior é quase sempre assim, sem muita opção. Geralmente duas famílias, ou membros da mesma família, disputam o poder a ferro e a fogo. Tornando-se uma tradição municipal as disputas eleitorais, que dividem a população entre dois partidos, dois grupos, duas cores, duas bandeiras, dois exércitos, enquanto dura a campanha e, na maioria das vezes, até durante todo o mandato do gestor municipal.
Na terra de José Lins do Rego a história não é diferente. Há muito anos que Pilar vem sendo administrada por uma família e seus herdeiros políticos que disputam, entre si, os destinos da terceira cidade mais antiga do Estado da Paraíba, que estará completando no dia 14 de setembro próximo, 255 anos de emancipação política.
Na última eleição, por exemplo, a disputa do pleito para o cargo de prefeito foi entre tia e sobrinha: entre Virgínia Veloso e Cláudia Araújo (esposa do ex-prefeito José Benício). Os herdeiros do grande chefe político Dr. Agnaldo Veloso Borges continuam mantendo a tradição de mandar em Pilar como quem manda em suas propriedades. Mas até quando Pilar continuará assim, sendo governada por quem detém maior poder financeiro nas mãos? Será que não chegou o tempo de uma verdadeira mudança, de rompermos com essa tradição familiar e elegermos alguém que realmente represente o povo e não seus próprios interesses?...
Deixo esta indagação no ar, na esperança de que ela encontre mentes abertas e multiplique-se em busca de uma resposta afirmativa, nos corações de muitos pilarenses que, como eu, vivem indignados com a situação que nossa terra tem vivido nas últimas décadas.
Por que temermos uma verdadeira mudança?... Precisamos refletir e agir. O comodismo não nos levará a lugar nenhum. Pois, como diria o Barão de Itararé: "Triste não é mudar de ideia; triste é não ter idéias para mudar".
Antonio Costta
1 comentários:
Verdade!o problema é que a verdade dói.
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