Foi
na tarde de ontem (quarta-feira, dia 21 de agosto) que uma adolescente de treze anos, de nome Rose-Maire Ana do Nascimento, que residia no
município vizinho de Juripiranga, veio visitar parentes em Pilar e, juntos, resolveram
tomar banho no Rio Paraíba, próximo ao Engenho Recreio, pertencente à família
da prefeita de Pilar Virgínia Veloso. Quando, de repente, começaram a se afogar, sendo que três foram salvos por um popular, mas a adolescente submergiu em um poço profundo, construído pela extração mecanizada de areia do leito do rio, por empresas que exploram o produto já ha vários anos no município.
A
extração mecanizada de areia no município de Pilar, tem causado um dano
irreparável à natureza e vítimas fatais a comunidade. Uma das principais
empresas que trabalham com a extração desse mineral no município é de propriedade de Pedro Vaz Ribeiro Neto (filho da prefeita
de Pilar, conhecido na comunidade como Dom Pedro III),
sem qualquer controle quanto à recomposição ou cumprimento de plano de
recuperação ambiental da área impactada.
No ano passado, O MPF pediu que a Justiça
Federal concedesse liminar determinando a imediata suspensão nas atividades de
lavra exercidas por Pedro Vaz Ribeiro Neto, Pedro Vaz Ribeiro Neto – ME e Fábio
Mendonça da Silva. Como também, que a Sudema e o DNPM deixem de conceder
autorizações minerárias e licenças ambientais para a área da empresa Pedro Vaz
Ribeiro Neto – ME. Tais medidas devem ser adotadas até o julgamento final (de
mérito) da ação civil pública.
No
município de Itabaiana, onde também havia a extração mecanizada de
areia por algumas empresas, a Câmara Municipal aprovou uma lei proibindo
definitivamente essa agressão ao Rio Paraíba. Seria muito bom que a Câmara Municipal
de Pilar seguisse esse exemplo e também aprovasse uma lei proibindo a extração mecanizada de areia em nosso município.
Devemos cobrar dos vereadores pilarenses a aprovação urgente dessa lei, antes que mais vidas sejam ceifadas pela exploração gananciosa e desordenada de nosso rio!
OS VEREADORES DE PILAR
Definitivamente,
o Rio Paraíba já não é o mesmo que existia no tempo em que o menino de engenho, José Lins do Rego, tomava banho tranquilamente
em suas águas, com os moleques da bagaceira. Dias difíceis estamos vivendo. As
autoridades, juntamente com a sociedade, têm que tomar uma atitude urgente para
coibir essa degradação absurda ao nosso meio ambiente!
Antonio
Costta
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